Construção Coletiva dos professores da Educação Infantil de Santa Maria - Brasília/DF
sábado, 29 de outubro de 2011
Como escolher boa literatura para crianças?
A Revista Digital Emília do mês de setembro de 2011, publicou um artigo de Yolanda Reyes, colombiana, educadora, fundadora e diretora de um instituto cujo projeto cultural visa a formação de leitores.
Clique para ler o artigo:
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
A matemática na pré-escola
A matemática na pré-escola
Terezinha Nunes
Devemos dar às crianças na pré-escola a chave que abre a
porta da aprendizagem de matemática na escola, ajudando-as a compreender a
natureza da representação numérica e o uso de números na resolução de problemas
através de ações
A pré-escola tem o privilégio de abrir as portas da escola para as crianças,
mas qual é a chave que abre a porta da aprendizagem da matemática? Quais são e
de onde vêm as ideias matemáticas importantes que uma criança precisa
compreender a fim de aprender matemática na escola? A matemática ensina, entre outras coisas, a usar números para representar o mundo e pensar sobre ele. Embora tal premissa pareça simples, há nela duas ideias cruciais: representar o mundo usando números e usar os números para pensar sobre o mundo. Isso nos diz muito sobre o que podemos trabalhar com os alunos na pré-escola para que eles tenham a chave que lhes abrirá a porta da aprendizagem da matemática. Exploremos um pouco essas ideias.
Compreender que os números são usados para representar o mundo
Os números são usados para representar quantidades, e é certo que hoje, na pré-escola, os alunos sejam ensinados a contar. Contar corretamente exige algumas habilidades cognitivas: precisamos usar um sistema para contar cada um dos objetos, sem deixar de contar nenhum, ao mesmo tempo em que nos certificamos de que contamos cada um deles uma só vez. Quando terminamos a contagem, sabemos quantos objetos formam aquele conjunto. Porém, nossa habilidade de usar números para representar quantidades não se restringe a contar elementos e aplicar um rótulo à quantidade. Uma representação numérica deve servir para muito mais do que isso, uma vez que, a partir de números, podemos saber se duas quantidades são iguais ou não e qual delas é maior caso sejam diferentes.
Para tirar conclusões a partir de números, as crianças precisam compreender algo a respeito da representação numérica. A pré-escola é o lugar ideal para explorar as conclusões a que podemos chegar quando usamos números para representar quantidades.
As situações descritas a seguir podem ser usadas como motivação para trabalhar a compreensão da natureza da representação numérica, indo além da aprendizagem da rotina da contagem. Estudos pioneiros sobre como as crianças usam números para representar quantidades foram realizados por Piaget e estão descritos em seu livro sobre a concepção de número da criança. Muitos outros estudos foram feitos posteriormente, e seus resultados oferecem sugestões interessantes para o ensino de matemática na pré-escola.
Imagine a seguinte situação: uma criança reparte igualmente um conjunto de figurinhas entre dois amigos, Márcio e Paulo. Ela conta o número de figurinhas de Márcio e diz: "Ele tem 9". Se realmente compreender a função representativa dos números, ela deverá concluir que Paulo também tem 9, porque os dois receberam a mesma quantidade de figurinhas. No entanto, um estudo realizado na Inglaterra (Frydman e Bryant, 1988) demonstrou que apenas 40% das crianças de 4 anos sabem responder quantas figurinhas Paulo tem sem contá-las. Uma das ideias básicas para se compreender a natureza da representação numérica é que quantidades equivalentes são representadas pelo mesmo número, porém muitas crianças ainda não descobriram a importância da equivalência. Portanto, é essencial que na pré-escola a criança tenha a oportunidade de pensar sobre a função representativa dos números e a importância da equivalência nesse contexto.
Outra situação interessante refere-se à escolha do número que representa a quantidade após a contagem. Quando ensinamos as crianças a contar, basicamente lhes ensinamos uma rotina que envolve o uso da correspondência um a um e o uso do último rótulo numérico para representar o conjunto. Elas aprendem isso relativamente bem e são capazes inclusive de identificar os erros cometidos por um fantoche manipulado por um adulto que, por exemplo, contou o mesmo objeto duas vezes. Contudo, nem sempre compreendem que, se o boneco errou na contagem, o rótulo que o fantoche usar para representar a quantidade não representa o número de objetos no conjunto. Algumas crianças pensam que o número que o fantoche disse representa corretamente a quantidade, mesmo que o fantoche tenha contado errado (Freeman, Antonuccia e Lewis, 2000). Essa é outra questão a ser explorada com crianças pré-escolares com o objetivo de ajudá-las a pensar sobre a natureza da representação numérica: quando o fantoche contou um mesmo objeto duas vezes, qual será o número de objetos no conjunto?
Outras situações interessantes para se explorar a natureza da representação numérica envolvem variações em relação aos erros na contagem. Se o fantoche pular um objeto durante a contagem e terminar a contagem no número 7, quantos objetos esse conjunto tem? A dedução de que são 8 objetos é necessária para uma criança que compreende a natureza da representação numérica em nosso sistema de contagem. Porém, muitas crianças não conseguem chegar a nenhuma conclusão quanto ao número certo de objetos, mesmo tendo identificado o erro do fantoche durante a contagem.
E se o fantoche contar usando a correspondência corretamente, mas começar a contagem a partir do número dois? A que conclusão as crianças chegam quando se pergunta quanto objetos há no conjunto? Outra variação interessante explorada em estudos recentes foi usar um fantoche que contava de trás para frente. Por exemplo, dado um conjunto com 4 objetos, o fantoche apontava para os objetos e dizia 4, 3, 2, 1. A que conclusão as crianças chegam quando o fantoche conta de trás para frente? E se o conjunto tiver 4 objetos e o fantoche começar contando 5, 4, 3, 2?
Diferentes pesquisadores (Bermejo, Morales e deOsuna, 2004) mostram que refletir acerca do processo de contagem sob a orientação de um adulto influencia positivamente o desenvolvimento da compreensão da natureza da representação numérica. Após refletir sobre uma situação - por exemplo, a contagem a partir do número 2 -, as crianças demonstravam ser capazes de deduzir corretamente o número de objetos em outra situação - por exemplo, quantos objetos há no conjunto quando o fantoche contou o mesmo objeto duas vezes.
Além de ensinar a contagem na pré-escola como uma rotina fixa, o professor pode ainda criar situações que provoquem a reflexão sobre a representação numérica. Os estudos que investigaram essas situações envolveram alunos cujo conhecimento da contagem era relativamente restrito, não indo além de dez, mas estava bem-estabelecido nessa faixa numérica. Nos estudos em que a contagem foi executada erroneamente, ela foi feita por um fantoche, apresentado às crianças como um aluno novo que estava aprendendo a contar e que algumas vezes contava corretamente, mas outras vezes cometia erros. Como as crianças estavam ajudando o fantoche, estavam em uma situação social que lhes permitia dizer a ele que não havia acertado.
Aprender a usar os números para pensar sobre o mundo
Uma das contribuições mais relevantes da teoria de Piaget para a educação matemática foi sua hipótese de que a origem dos conceitos matemáticos elementares está na ação. Essa hipótese tem ampla aceitação hoje, e sua implicação para a educação pré-escolar é considerável. Para explicar melhor, consideremos um problema desenvolvido a partir de uma das questões originalmente estudadas por Piaget (Nunes e Bryant, 1997).
Eis o problema: apresentamos à criança uma fileira de casinhas (por exemplo, quatro) e dizemos que em cada casinha moram três coelhos. Pedimos a ela que tire de uma caixa o número certo de bolinhos de cenouras, de modo que possamos dar um bolinho para cada coelho. Esse problema exige raciocínio multiplicativo e pode parecer muito difícil para as crianças da pré-escola. Porém, mais da metade das crianças de 5 ou 6 anos consegue resolvê-lo corretamente. Nessa idade, elas compreendem que precisam estabelecer uma correspondência um a muitos entre casas e bolinhos. Como são três coelhos em cada casa, elas colocam três bolinhos diante de cada casinha, ou seja, resolvem o problema completamente através de ações.
Outras crianças contam bolinhos imaginários enquanto apontam para cada casinha: contam 1, 2, 3 em correspondência à primeira casa; 4, 5, 6 em correspondência à segunda casa, e assim por diante, resolvendo o problema através de uma combinação de ações e representação numérica. Outras conseguem até mesmo resolver o problema com lápis e papel, desenhando o número de bolinhos necessários para que cada coelho ganhe o seu. Entretanto, quando a razão entre coelhos e casas aumenta, o problema torna-se mais difícil.
À medida que as crianças resolvem problemas sobre quantidades, elas estão aprendendo a organizar suas ações para resolver problemas com números. Na pré-escola, elas devem ter a oportunidade de usar materiais concretos ou números, segundo sua preferência, e também desenhos. Os problemas devem ser variados e resolvidos por meio de ações diferentes, como juntar, separar ou distribuir objetos, pois assim elas terão a oportunidade de refletir sobre situações nas quais operações aritméticas diferentes são usadas.
É igualmente importante variarmos o elemento que não é conhecido na situação. Por exemplo, um problema de subtração pode dizer o número inicial de bolinhas de gude que um menino tinha e quantas ele perdeu, perguntando-se quantas bolinhas ele tinha no final. Pode-se ainda criar situações em que se pergunta quantas bolinhas ele perdeu. Por exemplo: um menino tinha oito bolinhas de gude. Ele colocou as bolinhas no bolso e foi visitar um amigo, mas o bolso estava furado. Quando chegou à casa do amigo, ele só tinha 5 bolinhas. Quantas bolinhas o menino perdeu no caminho?
Finalmente, convém usarmos situações-problema para promover a reflexão sobre a relação inversa entre adição e subtração, um conceito que está ao alcance de muitas crianças na idade pré-escolar, mas não é compreendido por todas elas quando ingressam na escola. Esse conceito serve de base a aprendizagens que terão lugar na escola. Podemos, por exemplo, mostrar às crianças um bastão feito com oito blocos amarelos e contar os blocos com elas para que saibam exatamente quantos blocos foram usados. Em seguida, escondemos o bastão embaixo de um pano, deixando apenas sua extremidade visível.
Sempre salientando nossas ações, para que as crianças acompanhem o processo, adicionamos quatro blocos vermelhos ao bastão e retiramos os quatro blocos. Então perguntamos a elas quantos blocos formam o bastão agora. Essa situação, em que os blocos somados e retirados são de cores diferentes, é simples e facilita a compreensão da relação inversa, pois a criança está observando a extremidade do bastão e verifica que nenhum bastão de cor diferente ficou no bloco. Quando a situação já foi compreendida, podemos aumentar progressivamente sua dificuldade, usando blocos da mesma cor, adicionando e retirando um número de blocos que difere em uma unidade (por exemplo, adicionando 3 e retirando 2) e adicionando os blocos em uma extremidade, mas retirando-os da outra. É fundamental estimular a criança a resolver o problema sem contar.
Nossos estudos (Nunes et al., 2007) mostraram que as crianças que ingressam na escola com uma boa compreensão da relação inversa entre adição e subtração, assim como uma boa habilidade de resolver problemas usando ações e contagem, têm uma ótima chance de sucesso na aprendizagem de matemática. Portanto, devemos dar às crianças na pré-escola a chave que abre a porta da aprendizagem de matemática na escola, ajudando-as a compreender a natureza da representação numérica e o uso de números na resolução de problemas através de ações.
Terezinha Nunes é professora do Departamento
de Educação da Universidade de Oxford (Reino Unido).
terezinha.nunes@education.ox.ac.uk
REFERÊNCIAS
BERMEJO, V.; MORALES, S.; deOSUNA, J.G. Supporting
children's development of cardinality understanding. Learning and Instruction,
n. 14, p. 381-398, 2004.
FREEMAN, N.H.; ANTONUCCIA, C.; LEWIS, C. Representation of the cardinality principle: early conception of error in a counterfactual test. Cognition, n. 74, p. 71-89, 2000.
FRYDMAN, O.; BRYANT, P.E. Sharing and the understanding of number equivalence by young children. Cognitive Development, n. 3, p. 323-339, 1988.
NUNES, T.; BRYANT, P. Crianças fazendo matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
NUNES, T. et al. The Contribution of logical reasoning to the learning of mathematics in primary school. British Journal of Developmental Psychology, n. 25, p. 147-166, 2007.
FREEMAN, N.H.; ANTONUCCIA, C.; LEWIS, C. Representation of the cardinality principle: early conception of error in a counterfactual test. Cognition, n. 74, p. 71-89, 2000.
FRYDMAN, O.; BRYANT, P.E. Sharing and the understanding of number equivalence by young children. Cognitive Development, n. 3, p. 323-339, 1988.
NUNES, T.; BRYANT, P. Crianças fazendo matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
NUNES, T. et al. The Contribution of logical reasoning to the learning of mathematics in primary school. British Journal of Developmental Psychology, n. 25, p. 147-166, 2007.
Agenda Cultural II
Programe-se
Festival Internacional de Bonecos
O evento reúne espetáculos de 13 estados e 10 países no Plano Piloto e em mais sete cidades.
Programe-se
Biliri e o Pote Vazio
O diretor de teatro Ricardo Karman apresenta uma livre adaptação do antigo conto chinês O Pote Vazio.
Sinopse: O Imperador – sem herdeiros - de um reino cinza, devastado pela guerra, lança um desafio a todas as crianças. A cada uma ele dá uma semente de flor e ordena que seja cuidada com total dedicação para que a criança mais esforçada seja a herdeira do trono. Biliri, um garoto que adora flores e cores, cuida da sua semente com muito carinho, mas apesar de todo seu empenho ela não germina. Biliri, então, apresenta-se, ao Imperador apenas com seu vaso vazio e assume seu “fracasso”. E, para surpresa de todos, ele vence o desafio, cuja finalidade era justamente testar o grau de honestidade dos participantes.
*Apresentações especiais dias 12 e 13 de outubro, às 16h.
*Entrada gratuita mediante retirada de senha uma hora antes de cada sessão.
Local: Centro Cultural Banco do Brasil - SCES, Tr. 2, Lt. 22 - Asa Sul - 3108-7600
Data: Sextas e sábados, às 16h e domingos, às 11h e às 16h
Preço inteira: Entrada franca
De: 07/10/2011
Até: 30/10/2011
Informações: (61) 3108-7600
Local: Centro Cultural Banco do Brasil - SCES, Tr. 2, Lt. 22 - Asa Sul - 3108-7600
Data: Sextas e sábados, às 16h e domingos, às 11h e às 16h
Preço inteira: Entrada franca
De: 07/10/2011
Até: 30/10/2011
Informações: (61) 3108-7600
Programe-se
Mostra de teatro para a infância
O projeto reúne espetáculos nacionais e locais, além de palestras que abordarão a produção teatral para a infância e o papel do teatro no desenvolvimento dos pequenos.
Confira a programação:
19 de outubro, quarta
Das 15h às 17h
Palestra O Processo criativo na produção artística para a criança. Palestrante: Gabriel Guimard. Mediadora: Isabela Brochado.
Das 20h às 22h
Palestra Educação e Arte para a infância. Palestrante: Paula Zurawski. Mediadora: Fabiana Marroni.
20 de outubro, quinta, às 16h
Peça Meu Chapéu é o Céu (DF)
21 de outubro, sexta, às 16h
Peça A Guerrilha do Bom Humor (DF)
22 de outubro, sábado, às 16h
Musical Ser encantado – Michael Jackson (DF)
23 de outubro, domingo, às 16h
Musical Ser encantado – Michael Jackson (DF)
16 de outubro, quarta
Das 15h às 17h
Palestra Dramaturgia no teatro infantil e jovem. Palestrante: Marcelo Romagnoli. Mediador: Tino Freitas.
Das 20h às 22h
Palestra O jogo teatral no desenvolvimento infantil. Palestrante: Maria Helena Kuhner. Mediadora: Joana Abreu.
27 de outubro, quinta, às 16h
Peça Caixa de Memória (DF).
28 de outubro, sexta, às 16h
Peça Tome sua Poltrona (DF)
29 de outubro, sábado, às 16h
Peça Fragmentos de Sonhos do Menino da Lua (DF)
30 de outubro, domingo, às 16h
Peça Fragmentos de Sonhos do Menino da Lua (DF)
SINOPSES DOS ESPETÁCULOS:
Ser Encantado Michel Jackson (DF)
Ser Encantado traz em sua essência o que de melhor o artista Michael Jackson nos deixou: a boa música. O tema é desenvolvido em um contexto que envolve lembrança e memória afetiva. O envolvimento parte de uma história sobre seres encantados, cativando a plateia na interação musical do espetáculo. São preservados os clássicos do repertório do artista, com coreografias e performance de participações especiais de cantores e músicos de Brasília. O espetáculo é dividido em 3 blocos, em que a história norteia a intervenção musical. Com duração de 50 minutos, há sempre a participação do público. Direção de Célia Porto.
Meu Chapéu é o Céu - Cia Instrumento de Ver (DF)
Duas lavadeiras desajeitadas se entregam às brincadeiras de lavar e passar as roupas, que compõem o cenário do espetáculo de acrobacias aéreas ao ar livre. Direção de Leo Sykes.
Caixa de Memórias - Cia Virtú (DF)
O espetáculo usa, para trazer o lúdico à cena, contação de histórias, bonecos de manipulação direta, manipulação de objetos inanimados, música ao vivo, coreografia cênica e imagens vocais provocando a imaginação e criatividade na criança. Além de várias histórias de livros infantis, das memórias dos atores e das memórias contadas pelos pais e avós dos membros do grupo, o texto do espetáculo teve como principal inspiração diversos livros da Casa de autores, adaptados ao roteiro e que não só definem a estética do espetáculo como trazem à tona a ludicidade da criança à peça. Direção de Carina Ninow.
A Guerrilha do Bom Humor - Esquadrão da Vida (DF)
A Guerrilha do Bom Humor é um espetáculo lúdico, que busca trazer à tona o prazer de simplesmente existir, como na infância, flexibilizando um pouco o exagero de autocontrole que os papéis sociais moldam no cidadão a partir da vida na cidade. Direção de Maíra Oliveira.
Tome sua Poltrona (DF)
Desenvolvido em meio a uma pesquisa sobre o palhaco no mundo, o espetáculo é composto por técnicas de danca, equilíbrio, manipulacão de objetos, magia comica e acrobacia. Os personagens dialogam com ritmos que passam pelo jazz, música clássica e popular, dentro de uma roupagem na qual o clássico se alia à contemporaneidade. Direção de Denis Camargo.
Fragmentos de Sonhos do Menino da Lua (DF) Crianças e adultos de todas as idades: apertem os cintos que uma sensacional e poética viagem à Lua vai começar.Fragmentos de Sonhos do Menino da Lua, espetáculo dirigido por Miriam Virna, é inspirado na obra L'Opera de la Lune, do francês Jacques Prévert. Conta a história de Miguel Moreno, um menino que pouco sorri, mas, à noite, a Lua leva embora sua melancolia.
Local: Sala Plínio Marcos - Funarte - Atrás da Torre de TV - -
Preço inteira: R$ 10
Preço meia: R$ 5
De: 19/10/2011
Até: 30/10/2011
Local: Sala Plínio Marcos - Funarte - Atrás da Torre de TV - -
Preço inteira: R$ 10
Preço meia: R$ 5
De: 19/10/2011
Até: 30/10/2011
domingo, 16 de outubro de 2011
Trabalho desenvolvido pela professora Fernanda é selecionado para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
Parabenizamos a professora Fernanda, que trabalha no CEF 403, numa turma de 2º período da Educação Infantil, pelo sucesso nas etapas regional e distrital do Circuito de Ciências e pelo trabalho desenvolvido com as crianças ter sido selecionado - com mérito - para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
O projeto chama-se "Um Dinossauro no Jardim".
Parabéns pelo excelente trabalho, professora Fernanda!
Parabéns pelo sucesso!
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Projeto Literário Centro de Educação Infantil 210 de Santa Maria
No dia 30 de setembro, toda a comunidade escolar do Centro de Educação Infantil 210 participou da culminância do Projeto Literário. Uma grande festa com exposição de trabalhos, apresentações, oficinas e muitas delícias para comer!
sábado, 1 de outubro de 2011
Organização do Espaço e do Tempo na Educação Infantil
Organização do Espaço e do Tempo na Educação Infantil (fragmentos)
Maria Carmen Silveira Barbosa
Maria da Graça Souza Horn
(...)
A forma de organizar o trabalho deve possibilitar o envolvimento das crianças em sua construção, que terá dimensões diferentes se tomarmos como referência a idade das mesmas. Com as crianças bem pequenas, por exemplo, é fundamental observarmos sua linguagem, que se manifesta através dos gestos, olhares, chor... Nas maiores, é possível dialogar e compartilhar combinações. A ideia central é que as atividades planejadas diariamente devem contar com a participação das crianças garantindo às mesmas a construção das noções de tempo e de espaço, possibilitando-lhes a compreensão do modo como as situações sociais são organizadas e, sobretudo, permitindo ricas e variadas interações sociais.
(...)
O cotidiano de uma escola infantil tem de prever momentos diferenciados que certamente não se organizarão da mesma forma para crianças maiores e menores. Diversos tipos de atividades envolverão a jornada diária das crianças e dos adultos: o horário da chega, a alimentação, a higiene, o repouso, as brincadeiras - os jogos diversificados - como o faz-de-conta, os jogos imitativos e motores, de exploração de materiais gráfico e plástico - os livros de histórias, as atividades coordenadas pelo adulto e outras.
(...)
Para dispor tais atividades no tempo é fundamental organizá-las tendo presentes as necessidades biológicas das crianças como as relacionadas ao repouso, à alimentação, à higiene e à sua faixa etária; as necessidades psicológicas, que se referem às diferenças individuais como, por exemplo, o tempo e o ritmo que cada uma necessita para realizar as tarefas propostas; as necessidades sociais e históricas que dizem respeito à cultura e ao estilo de vida.
(...)
Alguns pontos servirão de norte e apoio para esta organização:
- Que tipo de atividades poderemos propor.
- Em que momentos são mais adequadas.
- Em que local serão melhor realizadas.
(...)
Atividades que envolvem o cuidado e a saúde são realizadas diariamente nas instituições de educação infantil e não podem ser consideradas na dimensão estrita de cuidados físicos. A dicotomia, muitas vezes vivida entre o cuidar e o educar deve começar a ser desmistificado. Todos os momentos podem ser pedagógicos e de cuidados no trabalho com crianças de zero a seis anos. Tudo dependerá da forma como se pensam e se procedem as ações. Ao promovê-las proporcionamos cuidados básicos, ao mesmo tempo em que atentamos para a construção da autonomia, dos conceitos, das habilidades, do conhecimento físico e social. Podemos exemplificar com atividades de:
- Alimentação: progressivamente tornar a criança mais autônoma, trocar a mamadeira pelo copo, comer com a própria mão, mastigar alimentos mais sólidos, participar da higiene, da elaboração e da organização do local das refeições, servir-se do alimento.
- Higiene: lavar as mãos com independência, vestir-se e despir-se, usar o banheiro de modo cada vez mais autônomo, guardar pertences e materiais individuais.
- Sono: oportunizar locais adequados para o sono e repouso, tendo o cuidado de oportunizar atividades relaxantes para os que não queiram dormir.
(...)
É oportuno referir que as atividades podem se estruturar em torno de eixos organizadores, como temáticas, que, através de um fio condutor, poderão se explicitar de modo interessante e contextualizado para as crianças. Assim pode-se partir de uma situação problema, de um fato surgido na sala de aula ou na comunidade, de um relato interessantes que uma criança fez e organizar estratégias pedagógicas para a construção de um estudo de modo adequado à faixa etária dos alunos. Tanto nos berçários como nas pré-escolas esta prática, que denominamos projetos, pode se concretizar. Os projetos com bebês têm seus temas derivados basicamente da observação da educadora, da leitura que realiza de seu grupo de crianças, dos elementos adquiridos na sua formação e que a auxiliam a discernir sobre atividades que podem ser importantes ao desenvolvimento das crianças.
(...)
O Uso do Espaço Externo
Espaços de interligação para jogos tranquilos
Um gramado com árvores, bancos de praça de alturas diversas, mesa e bancos de cimento (permanentes) para desenvolver no pátio certas atividades que geralmente são realizadas apenas nas salas - como desenho, pintura, recorte, culinária. Fazer piquenique, tomar banho de sol com guarda-sol, cadeiras preguiçosas, redes baixinhas. Materiais como bolas, canos, buracos no chão, estradinhas de areia para brincar com carrinhos, vasos grandes com plantas e flores. Também pode-se ter um armário onde são guardados os materiais do pátio e que funcione, também, como um lugar onde os bebês possam brincar de esconde-esconde, de puxar gaveta, abrir, entrar e fechar a porta, se esconder. Um labirinto com plantas relativamente baixas para se esconder ou estar sozinho. Aquário ou terrário para observar. Espaço para museu com coleções das crianças.
Espaço para brinquedos de manipulação e construção
Estrutura de calhas com roda de água e bacias para brincar com a água complementado por objetos para flutuar, coar, com funil, medidores, areia e pedras. Madeiras de diferentes tamanhos - pequeninas e bem grandes - para a construção e materiais de marcenaria. Caixa de areia com materiais para construir, fazer bolos. Pedras, madeiras, barrinhas de ferro para empilhar, fazer suportes e construções.
Espaço estruturado para jogos de movimento
Carrinhos para as bicicletas, carrinhos de bebês, carrinhos-de-mão, carrinhos de lomba, skate, patinete, carrinhos grandes tipo uma carrocinha puxada pelo adulto para as crianças bem pequenas passearem. Equipamentos como: trepa-trepa com estrutura de metal, de corda ou de madeira. Escorregadores altos e baixos, de preferência um para os adultos acompanharem as crianças menores. Estruturas em madeira com escada, ponte pênsil e tábua para escorregar, túneis de cimento e de madeira, gira-gira, equipamentos de ginástica para as crianças se pendurarem etc. Piscinas e bacias de diferentes tamanhos, esteiras para tomar sol.
Espaço para jogos imitativos
Casinha de bonecas com materiais grandes e reais para uso das crianças, gabinete médico, instituto de beleza, escritório, banco. Cabanas só com cobertura para ficar juntos, conversar, ouvir histórias. Suporte móvel para teatro de marionetes. Cesto com roupas para dramatização, espelhos, pinturas e caixa de jóias.
(...)
A sugestão de organizar os espaços através de temas que os caracterizam tem sido uma prática bem-sucedida nesta organização em espaços semi-abertos e estruturantes. Assim podemos sugerir alguns cantos, considerando obviamente a faixa etária das crianças:
Cantos fixos:
- Casa de bonecas com fogão, geladeira, TV, cama, mesa etc. objetos para utensílios de cozinha, quarto, banheiro... sala (estes poderão ser confeccionados com material de sucata).
- Canto da fantasia com pedaços de pano, tule, chapéus, sapatos, roupas... espelho, maquiagens.
- Canto da biblioteca com almofadas, tapetes, estante, painel de informações, livros, revistas e jornais.
- Canto da garagem com tacos de madeira para construção, carros, trilhas, placas de sinais de trânsito.
- Canto dos jogos e brinquedos com jogos de encaixe, de armar, quebra-cabeça, sucatas organizadas e variadas, peças de madeira.
Cantos alternativos:
Estes podem variar conforme o espaço físico, o interesse das crianças e os emas que estão sendo trabalhados.
- Canto da música com instrumentos musicais comprados ou confeccionados, rádio, toca-fitas etc.
- Canto do supermercado com embalagens vazias de diferentes produtos, sacos para empacotar, caixa registradora, dinheiro de papel e moedas, cartazes com nome de produtos, prateleiras.
- Canto do cabeleireiro com espelho, maquiagens, rolos, escovas, grampos, secador de cabelos, bancada, cadeira, bacia, embalagem de xampu, cremes.
- Canto do museu com objetos colecionados pelas crianças em passeios, viagens.
- Canto da luz e da sombra com projetor de slides, lanternas, retroprojetor, filmes feitos pelas crianças, lençóis.
Este texto é uma sugestão e de tudo o que lemos, devemos analisar e re-significar, retendo o que é bom, relendo de tempos em tempos...
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